adriano menezes

O Nº 1













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O peito faminto e algum
problema na expressão
o precipita no mergulho
quebrando o ar, um tapa
na lua, ponta de ponte.
Contra ladinos anjos,
tapa de luvas entreabre
a geometria do rebote, o
bote então na cruz das
pernas. O palhaço avante
solto poeirando solo e baile
e de novo a parábola do
arqueiro tranca meta, mas
do beco lateral (meu deus,
o que ele vê é o beco) vem
o solo de baixo do verdugo
zagueiro atrevendo cego,
sem asa e sem ego....
o torpedo deslemado voa
magno. Na meta a coragem,
o peito, o abraço retumbante.


Pelada poética - Copa de 2006 - Scriptum Livros

2 comentários:

  1. Delícia entrar no clima de copa... pena que nem todo mundo entre assim no da eleição, né?
    Beijo, boa quarta!
    Lu Peixoto

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  2. poema de craque das palavras. mário alex

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