adriano menezes

ESTIO

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antes da armadilha
de água nos ladrilhos
e desse descanso no
alpendre,
enquanto bueiros
prorrogam a chuva,
constatava o mundo
de lixo e diluição
da cidade morna.

o tempo aqui e ali
empoçado, escorre
em veios lembradiços,
decretam rumos, agora
que sou excesso.

resisto ao torque das
esquinas dobrando
a paisagem para você.
piso reto irrefletido,
fora o fato desses olhos
nada me finca no tempo
ou me embarca nessa
enxurrada.


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Um comentário:

  1. O problema com os blogs é que qualquer filisteu pode criar o seu e publicá-lo. O resultado é todo o lixo que hoje e sempre acumula-se na rede mundial de informação. Não é o caso desta iniciativa. Até um ogro como eu, que sempre teve dificuldade com poesia, pode perceber a relevância do esforço criador e criativo deste senhor. “Não se pergunte portanto ao poeta o que ele pensou e sentiu, precisamente para não ter que o dizer é que ele faz versos” (JS).

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