adriano menezes

PORTO (INFINITO)

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debruçado o corpo
esvai-se em gomos
mesmo ainda sendo
encosta a forma minha
de sentir as coisas

o morro fabricando
umidades sensuais que
vão pelo mineral pétreo
compor esse dia preso
ao dúbio mar dos serranos

a alma vê o rio
e não haverá bojadores
para esta humanidade
que quer ir por águas
que se quer ainda cais

(O achamento de Portugal - Anone Livros - 2005)

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